CIÊNCIA EM VERSO – DO CAOS AO EQUILÍBRIO
Os entrópicos algures sangrentos que todo ente vivo desfia…
Obtendo sua energia trazendo ao mundo um átimo de danação.
São a fonte dos anti-entrópicos movimentos da mente que cria.
Passam-se os dia e segue-se a destruição…
Na ciranda do caos de, invariavelmente trazer corrupção.
Como pode qualquer um, mesmo ao criar beleza celestial…
Pensar não trazer em si a cadência do caos beligerante.
De uma fúria, ainda que velada, mas bestial.
O equilíbrio é ébrio, é antes uma roda lacerante…
Que na ânsia de manter-se corrompe e demuda.
O equilíbrio estático, volição do tolo; com o próprio desejo afunda.
E o envelado ouve o som de suas viceras estridentes…
A anarquizar e solapar toda a paz em sua faina imunda.
Nosso laborioso vaso em seu equilíbrio nos lembra sempre…
Do caos de que se alimenta, para assim alcançar…
A serenidade, a elucubração ou a paz do crente.
Crê tu que se possa existir sem algo destroçar?
O que alimenta esse impulso que sentes?
ÉRICK MARIANO VELOZO
stibium@gmail.com