CLIPE – POETA
A poética presente neste clipe é bastante singular; observamos no clipe Poeta, do álbum Música de Sarau, a fluidez entre recortes de imagem e a melodia, que é uma das mais suaves do CD. A produção audiovisual ficou por conta de Dinho Lacerda e Isaac Nunes, com animações de Renato Moll.
Há a convergência do poeta em imagens de si mesmo e o que o permeia, transcende a letra, a palavra escrita, e torna a multilinguagem da palavra falada, cantada. Nas letras da própria canção ou na amálgama do vídeo clipe, o poeta se perde nas ruas em seus passos vazios, caminhos de solidão, se esconde em seus pensamentos em seu mundo de trovador, de um pensador, de um poeta. Em seu confinamento, experimenta seu copo amargo e espera o novo, mas exprime a posterior alegria de se fazer poesia. Os sonhos de sua cabeça, a solidão, o processo criativo, sorrisos e tudo mais seguem desenhados, entrecortados e traçados nessas imagens.