CIÊNCIA EM VERSO - UM DOCE PERFUME
Um doce perfume, demudado pelo odor do corpo desejado...
Viaja vertiginoso, e ainda assim há um hiato antes do prazer almejado.
O terno almíscar viaja, e assim se engaja, em caminhos pouco usuais...
Desviados pelas ordinárias moléculas aeríferas, por demais normais.
Caça caminhos canhestros; ocultos ao consciente indolente.
Devaneia, desdenha de si, a si alteia e duvida da própria mente.
Pensamentos chocam-se com o senso comum, atingem a consciência
apenas alguns.
apenas alguns.
Os humores olfativos entregam-se, de forma calcinante,
ao caos beligerante...
ao caos beligerante...
São toldados, tolhidos de torso, mas sem se furtar torvas aparições.
Os engenhos mnemônicos minam minha vontade e torturam...
Fazem-me lembrar atônito, com a carne e não com a razão.
O olfato leva-me a lona, gatilho de lânguida e lacerante excitação.
Meu inconsciente parece-me, por vezes, a parte de mim que me parte...
Em mil fragmentos, na miríade de caleidoscópio de pensamentos.
Trazem em si, os pensamentos, traço inconfundível, porem fugidio;
destarte...
destarte...
como o bom olfato, como se ambos fossem apenas do espírito arte.